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Por Artigo de Toninho Rosa

Dia (29), em São Paulo, a TV Analógica, aquela que conhecemos desde 18 de setembro de 1950 e trazida ao Brasil por Assis Chateaubriand, fundador da TV Tupi de São Paulo, sairá do ar depois de 66 anos.

No site da associação “Seja Digital” (www.sejadigital.com.br) existe em destaque a informação que mostra que o desligamento da TV analógica na cidade de São Paulo e da Grande São Paulo vai realmente se concretizar na data prevista.

A Seja Digital foi criada para financiar os conversores gratuitos junto à população de baixa renda e recebeu uma pesquisa recente do IBOPE, confirmando a ampla penetração da TV digital na região. Conforme fontes do Gired (grupo que conduz a migração), a pesquisa apontou que 90% das residências já estão aptas a receber o sinal digital.

Segundo fontes do setor, o alcance de 90% foi confirmado por qualquer dos critérios (TV  parabólica, por banda C ou DTH, cabo e TV  de tela plana com conversor). Isto significa que até amanhã, o percentual de cobertura já terá ultrapassado 94% das residências, atendendo com folga a portaria do governo que estabelece o índice de 93% de atendimento para que o desligamento do sinal efetivamente ocorra. Tal colocação também foi apontada  pela Telesintese.

Com o fim da TV Analógica e amparadas pela lei 12.485 de 2011, as emissoras abertas poderão cobrar, por seu conteúdo digital, junto as TV por Assinatura, se assim o desejarem.

Record, SBT e RedeTV, criaram uma associação chamada Simba, fazendo analogia ao desenho da Disney, no qual o leãozinho cresceu e descobriu que já era forte para enfrentar o mundo. Agora precisamos observar se o Simba deles poderá de fato se tornar um Mico Leão, pois em Brasília, primeira capital do Brasil a desligar o sinal analógico e adotar apenas o digital,  Sky, Net e Claro retiraram as três emissoras do menu de canais.

O tiro no pé poderá ser exatamente a diferença entre canal aberto para canal por assinatura. Não precisamos ser experts em mídia para saber que canal aberto tem programação genérica, mistura de novela, shows, notícias, esportes, etc. E vive de anunciantes nos seus breaks. Já um canal por assinatura tem uma programação temática. Só filmes, só shows, só notícias, só seriados, só esportes, etc. E cobra por oferecer isto.

De toda forma, se a TV Analógica não for desligada amanhã, de uma coisa é certa, não sobreviverá mais alguns meses.

Como disse em artigo recente; Daqui a pouco, a televisão tradicional sumirá do nosso dia-a-dia. (Último parágrafo do capítulo “Navegando pela TV” do meu livro Atração Global de 1998).

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